O novo grande festival em Lisboa
Quando se pensava que o cardápio de festivais já estava devidamente preenchido e sem espaço para concorrência adicional, eis que o MEO Kalorama chega para marcar a agenda e afigurar-se como o novo grande festival em Lisboa. No final de verão.
São vários os argumentos de peso. O cartaz está cheio de nomes cimeiros. Desde logo, os Arctic Monkeys, em vésperas da chegada do novo álbum The Car (21 de outubro) e já em fase de apresentação de novas cançōes, depois de um hiato relativamente longo, entre a digressão de Tranquility Base Hotel & Casino (2018), que passou pelo NOS Alive. Alex Turner, o vocalista, já prometeu um regresso aos tempos da “banda de garagem”. Eléctricos e extasiantes embora mais adultos. O single There’d Better Be a Mirrorball não denuncia mudanças em relação ao anterior Tranquility Base Hotel & Casino. Sem surpresa, os bilhetes para 2 de setembro, a segunda noite, estão quase esgotados.
É um dia de rock, como já restam poucos em festivais de grande porte, com Blossoms, The Legendary Tigerman e The Lathums no Palco MEO. No Palco Colina, lugar à realeza britânica da canção de raiz electrónica. Jessie Ware (20h00), Roisin Murphy (21h45) e Bonobo (00h45) formam um triângulo dourado. A antecedê-los, uma das mais britânicas das bandas portuguesas, as Golden Slumbers (18h00), fortemente contaminadas pela folk de Sandy Denny e Laura Marling, e a curadoria Chelas é o Sítio (todos os dias às 16h00), uma associação de bairro personificada na figura de Sam The Kid. No palco emergente Futura, é a música portuguesa o centro das atençōes com Bruno Pernadas (01h00) e You Can’t Win Charlie Brown (22h00). Antes deles, Alice Phoebe Lou (20h00) e Crawlers (18h00).
Na quinta-feira, dia 1, o Kalorama ganha, por fim, forma, quase um ano depois de ter sido anunciado. E que melhor começo podia ter o palco MEO do que com James Blake às 19h00? Para fechar a primeira noite, êxtase garantido com Chemical Brothers (23h30) num espaço já conhecido de Tom Rowlands e Ed Simons depois de terem encerrado uma noite de Rock In Rio em 2018. Pelo meio, Years & Years (21h00) e 2 Many DJs (22h10). Ao abrir o palco estará Rodrigo Leão (17h00). No Palco Colina, o dia também é de electrónica com Xinobi (18h00), Bomba Estéreo (20h00), os fundadores Kraftwerk (22h00) e os Moderat (01h00). No Palco Futura, reina a diversidade com o jazz de Fred (18h00), a pop dos D’Alva (20h00), a festa de Jake Shears, dos Scissor Sisters (22h00), e a afirmação identitária do novo fenómeno do Brasil Marina Sena (01h00).
Por fim, o sábado e último dia traz um dos grandes desejados: Nick Cave e os seus Bad Seeds, de regresso a Portugal nem três meses depois da missa no NOS Primavera Sound (21h00). A fechar a noite e o festival, os Disclosure, nome maior da cultura de dança da última década (00h45). No Palco MEO, Tiago Bettencourt abre a sessão (17h00) e às 19h00 os Ornatos Violeta matam outra vez. No Palco Colina, repete-se a mescla com Moullinex (18h00), a seguir Peaches reactiva o clássico electroclash The Teaches of Peaches (20h00) e às 23h15 o australiano Chet Faker. No Palco Futura, Grand Pulsar (18h00), Club Makumba (20h00), ZAZ (23h15) e Meute (01h00).
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